Título: Linha M
Título original: M Train
Autora: Patti Smith (EUA)
Tradução: Claudio Carina
Editora: @companhiadasletras
Ano de lançamento: 2015
Ano desta edição: 2016
Páginas: 216
Classificação: ⭐️⭐️⭐️⭐️
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os detalhes da vida de um escritor sempre é assunto de interesse de quem gosta de ler: hábitos, detalhes, nuances, gostos, autores prediletos, fontes de inspiração, todos ingredientes que sempre causam furor em diferentes graus nos leitores.
“linha m”, segundo livro da escritora publicado no brasil, apesar de não ser classificado exatamente somente como uma biografia, é um exemplo desse tipo de livro que se torna desejado pelos leitores. smith traça nessas páginas vários momentos de sua vida ascética, as viagens, as boas e ruins lembranças, os encontros com escritores vivos, o culto diante as tumbas de escritores já mortos, a dor pela perda de fred, marido da escritora.
com um traço particular, patti smith me conquistou logo nas primeiras páginas. como exemplar dos leitores entusiastas que adoram saber a vida de escritores, me deleitei demais com as facetas da vida de patti smith, uma autora excelente, uma bebedora de café profissional, uma cultivadora do silêncio e da contemplação.
tão ou mais notáveis que os aspectos delineados acima, são a menção ao “crônica do pássaro de corda”, do escritor nipônico haruki murakami, um dos livros preferidos de patti, cuja recorrente lembrança em muitas páginas em linha m me fizeram encomendar o livro e finalmente ler alguma coisa dele. fiquei bastante curioso com as várias menções ao seriado americano “the killing” que, para sorte minha está no catálogo da netflix e que inclusive já comecei a assistir a segunda temporada. uma série e tanto! obrigado, patti!
patti smith sabe cativar, mesmo sendo uma eremita convicta, que fez da solidão e da solitude o combustível para estas páginas tão intensas e belas. e o mais surpreendente, o que mais me chamou a atenção nesse livro — e que livro! — que me encantou e me motiva a ler o “just kids”, outro livro seu publicado aqui no brasil, foi saber que diante de tanta sofisticação intelectual, foi nas coisas simples da vida, como a vida a dois, uma noite tirada para se assistir ao seriado preferido ou o prazer de uma fumegante xícara de café, que patti encontrou o enlevo supremo.
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