Título: O xará
Título original: The Namesake
Autor: Jhumpa Lahiri (GBR)
Tradução: José Rubens Siqueira
Editora: Companhia das Letras
Ano de lançamento: 2003
Ano desta edição: 2004
Páginas: 336
Classificação: ⭐️⭐️⭐️⭐
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“Isso não existe. Não existe um nome perfeito. Acho que deveria ser permitido aos seres humanos escolherem o próprio nome quando completam dezoito anos. Antes disso, pronomes” (pág 252).
Em “O xará” acompanhamos a trajetória de mais de 30 anos de Gógol Ganguli, filho de pais indianos, ora egressos aos Estados Unidos. Sendo o primeiro filho do casal, Gógol, apesar de americano de nascimento, é, desde pequeno ensinado no doutrinamento, nos costumes e na língua do país de origem de seus genitores.
O romance tem uma temática interessante, onde a escritora britânica Jhumpa Lahiri tece com maestria os resultados do choque cultural e identitário vivido por Gógol. A todo momento ele tenta se desvencilhar de suas raízes, procura assumir uma identidade americana, inclusive abolindo de seu círculo social o nome pelo qual o seu pai, Ashoke, o batizou, uma referência ao seu escritor predileto, o russo Nikolai Gógol. Para Gógol não é fácil sair da sombra de sua origem indiana, ele constrói uma nova imagem de si próprio, mas, ao perder o pai, ver seu casamento desmoronar e viver uma crise existencial, Gógol percebe que é inevitável acabar se apoiando no seio familiar, esse alicerce sempre presente e de onde buscou fugir sempre. O livro é uma ode de amor àquilo que somos. Vale!
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