Título: Bartleby, o escriturário
Título original: Bartleby, the scribner
Autora: Herman Melville (EUA)
Tradução: Luís de Lima
Editora: @rocco
Ano de lançamento: 1856
Ano desta edição: 2010
Páginas: 96
Classificação: ⭐️⭐️⭐️
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Melville não me surpreendeu ano passado com o livro Moby Dick, a saga de Ahab, capitão do baleeiro Pequod. Nas mais de 600 páginas daquele livro (li a versão digital da finada Cosac Naify) encontrei termologia técnica náutica em demasia, extensos capítulos arrastados demais da conta, fatos que desestimulam num livro de aventuras como este se diz ser.
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Por um acaso peguei esse pequeno “Bartleby, o escriturário” e logo no prefácio do saudoso Fernando Sabino, numa rápida apresentação, percebo que a carreira literária de Herman Melville não o levou aos píncaros da classe A de escritores essenciais.
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Mas.
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Esse pequeno livro é um refestelante sopro em meio a tanta coisa fraca escrita por Melville (entusiastas dele, “mea culpa”!). A saga tragicômica de Bartleby, o excêntrico escriturário que se nega veementemente a realizar quaisquer tarefas passadas por seu chefe, instigam o leitor a percorrer as menos de 100 páginas dessa novela muito boa. Ante comportamento tão peculiar, todos à volta de Bartleby acabam sendo “contagiados” por sua obscura existência, o que, de alguma forma, leva-nos a pensar na forma como enxergarmos o diferente.
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Bartleby, coitado, no seu insistente silêncio, acaba preso, justamente pelo excesso de abulia que aparentemente o leva à ruína, e traz um grande hiato de dúvidas naqueles que o conheceram. Mais prefiro não comentar (só os entendedores entenderão! 😅).
Livro lido – Bartleby, o escriturário, de Herman Melville
08/02/2018 por Paulo Sousa
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