Título: A redoma de vidro
Título original: The bell jar
Autora: Silvia Plath (EUA)
Tradução: Chico Mattoso
Editora: Biblioteca Azul (@globolivros)
Ano de lançamento: 1963
Ano desta edição: 2014
Páginas: 280
Classificação: ⭐️⭐️⭐️
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Considerado uma espécie de romance autobiográfico, A redoma de vidro é o relato da decadência de Esther Greenwood, cuja promissora carreira numa revista de modas acabou sendo ofuscada pelo drama da menina Esther.
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Nessas páginas o leitor vai acompanhando o vertiginoso colapso psicológico da personagem, as dificuldades naturais advindas da chegada da vida adulta acrescidas ao desejo de dar cabo da própria vida. Esther tenta manter alguns relacionamentos, todos conturbados, o que vai revelando traços psicológicos perturbados que acabam levando-a a passar boa parte de seus dias em clínicas psiquiátricas sujeita a tratamentos que a deixam mais e mais alquebrada.
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Em textos de apoio, vi que muito da história de A redoma de vidro são as experiências verídicas da autora, que semelhante à Esther também teve períodos submetidos a tratamento.
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Plath, poetisa na verdade, faz nesse único romance (a autora se matou no mesmo ano de publicada A redoma de vidro) um relato pungente da avassaladora derrocada mental. O leitor como que é transportado para dentro da cabeça de Esther, refúgio literário de Plath, e acompanhamos a evolução (ou involução) de suas muitas crises, podemos sentir o ambiente hermético que sua mente e emoções vivem, daí o mais que apropriado título do livro.
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Ainda que sejam páginas escritas com a tinta da vida real, e por isso mesmo extraídas do coração de Plath, em muitas passagens não senti aquela conexão que temos com um livro que nos toca, apesar de isso não tirar o mérito desse romance, verdadeiro retrato de como a arte imita a vida, ou vice-versa.
Livro lido – A redoma de vidro, de Sílvia Plath
07/02/2018 por Paulo Sousa
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