Título: O velho e o mar
Título original: The old man and the sea
Autora: Ernest Hemingway (EUA)
Tradução: Fernando de Castro
Editora: Bertrand Brasil
Ano de lançamento: 1952
Ano desta edição: 2003
Páginas: 95
Classificação: ⭐️⭐️⭐️
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Santiago é um pescador idoso morador de uma aldeia nos arredores de Havana. Vivendo numa cabana simplória, tem a amizade sincera de Manolin, um garoto que fora seu assistente de pescaria, mas, devido à “má sorte” do velho, acaba sendo obrigado pela família a trabalhar em outro barco, apesar de gostar do velho Santiago e de visitá-lo com frequência. Há mais de dois meses Santiago não consegue pescar nada, e exatos 84 dias de escassez, se lança ao mar onde passa quase quatro dias lutando com um peixe que discou em suas linhas.
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A narrativa, enxuta, direta e repleta de sinestesia, nos coloca dentro dos pensamentos de Santiago, e vemos como a exaustiva batalha com o grande espadarte suga não só as poucas forças do seu esquálido corpo mas também sua esperança. A inglória batalha do homem contra as forças da natureza, o recrudescer de uma nova investida fazem com que o velho, mesmo diante de náuseas e delírios alcance seu objetivo, ainda que efêmero.
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Este é o terceiro livro de Hemingway que leio. Já tinha lido “Paris é uma festa”, o delicioso relato dos dias do escritor quando na capital parisiense e o péssimo “Ter e não ter”, talvez um dos piores livros dele. O velho e o mar esconde significados complexos, apesar de sua simplicidade. Uma história triste, mas que nos leva a pensar que a grandeza de alguém nem sempre está simbolizada na vitória.
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“Mas o homem não foi feito para a derrota — disse em voz alta. — Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado.” (pág. 77).
Livro lido – O velho e o mar, de Ernest Hemingway
20/01/2018 por Paulo Sousa
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