NADA ERA MAIS IMPORTANTE PARA NÓS DO QUE O CAFÉ. Alberto e Jairo podem atestar! Se sonhávamos com nossos projetos que a vida preferiu mantê-los inconclusos, se nutríamos uma ausência particular em nossos corações platonizados por amores improváveis, se buscávamos uma “perfeição amadora” nas músicas extraídas do violão de cordas desafinadas, se passávamos noites contemplando o surdo mistério da ausência, se preferimos desistir de nossos sonhos pueris, se a partida tornou-se um evento inevitável para estes três destinos fugidios, se, (…), bem, se julgávamos que viveríamos aquele sonho que foi a velha casa dos meus idílios, as sempre presentes xícaras de café podem perfeitamente atestar que uma amizade é mais do que farras, bebedeiras ou extravagâncias: são também construídas no silêncio cultuado por companheiros que aprenderam a contemplar de forma poética a vida. E isso nos bastava…
Mas percebi, que mesmo num comentário de há dois anos, não foi apenas a casa, sua poética e insistente evidência, as canções que compomos (e que acho, só eu ainda as toco!) nem muito menos as leituras complexas de Platão e dos demais “antigos” restaram; por trás de cada xícara de café, um sempiterno evento nos aqueceu mais que o líquido negro e fumegante; um abraço de saudade, de nostalgia nos envolvia complemente num banho de assombro e pasmo. A mais poética lembrança, a mais simplória confidência, o mais musical retrato de tudo que fizemos irá perdurar. E isso – tenho certeza – continuará nos bastando.
Ao dileto trio que configurou estes vícios, entre eles o café…
Massa… É interessante ver que uma coisa que já passou, que já serviu de inspiração para diversos textos nossos, ainda nos serve como inspiração… Mesmo tantos anos depois…
abraços
Na verdade esse post já estava pronto a pelo menos, cinco anos! Sua essência principal foi um comentário que fiz no teu blog, um texto que falava exatamente sobre café. O resto, já viu…